Como Entender o Fim do Império Americano Mesmo Sem Ser Especialista em História
E Mesmo Que Você Não Tenha Tempo para Acompanhar o Noticiário Eleitoral
Olá!
Como as eleições para presidente dos EUA estão cada vez mais próximas, vou trazer para você alguns artigos relevantes sobre história econômica dos EUA, em regime de Plantão!
Para você se diferenciar como alguém que enxerga a realidade política e econômica americana além do noticiário que ficará cada vez mais quente!
E atenção! Faltam poucos dias para a votação. No momento em que escrevo esse artigo, Trump está com uma leve vantagem na corrida.
Vamos ao texto de hoje!
Você já se perguntou por que tantas pessoas falam que os Estados Unidos não são mais o que eram antes?
Um grande sintoma da crise do Império Americano é justamente a constatação desse artigo da The Economist.
O artigo destaca que muitas das propostas de Harris foram influenciadas por Trump. Por exemplo, Harris adotou posições semelhantes às de Trump em temas como imigração, comércio e energia. E ele conclui que, independentemente de quem ganhar a eleição, a política americana continuará a ser fortemente influenciada por Trump, tanto no âmbito doméstico quanto no internacional.
E Por Que isso Está Acontecendo?
Por décadas, assistimos ao domínio absoluto americano em praticamente todas as frentes: economia, tecnologia, cultura, militar. Mas algo mudou.
Hoje, quando você compra um smartphone, provavelmente ele foi fabricado na Ásia. Quando procura inovação em energia renovável, a China lidera o caminho. E quando analisa onde estão as maiores fábricas do mundo, raramente encontra "Made in USA" nas etiquetas.
Se isso continuar, podemos estar testemunhando não apenas uma mudança econômica, mas uma completa reorganização da ordem mundial que conhecemos. A questão não é mais se os EUA continuarão sendo a única superpotência, mas como será o mundo multipolar que está emergindo.
Vamos entender o que está realmente acontecendo com a maior economia do mundo.
O Despertar Americano: Da Negação à Realidade
O momento atual dos Estados Unidos lembra aquele amigo que demorou para perceber que precisava mudar. Por anos, o país assistiu à transferência de sua base industrial para a Ásia, acreditando que manter o controle da tecnologia e das finanças seria suficiente. Estava enganado.
A Grande Transformação: Do Império à Competição
A mudança na posição americana no cenário global é profunda e multifacetada:
A Ascensão do Leste:
A China já possui o dobro da produção industrial americana
O complexo produtivo asiático (China, Japão, Coreia, Vietnã) se tornou a "fábrica do mundo"
Em paridade de poder de compra, a economia chinesa já superou a americana
A Resposta Americana:
Investimentos de mais de 1 trilhão de dólares em chips e semicondutores
Política agressiva de "Buy American" e "Build in America"
Restrições à transferência de tecnologia para a China
Sanções contra empresas como a Huawei
O Fim do Sonho Americano:
Mais da metade das famílias americanas chega ao fim da vida sem patrimônio
Dívida média atual é 2-3 vezes maior que nos anos 80
Classe média em declínio contínuo
Aumentos de produtividade não se traduziram em aumentos salariais
A Nova Realidade: Nem Império, Nem Decadência
O velho ditado diz: "Todo império tem seu fim". Mas a verdade sobre os Estados Unidos é mais complexa: não é o fim, é uma transformação.
O país continua sendo uma das maiores, senão a maior economia do mundo. Mantém o dólar como moeda global, bases militares em todos os continentes e liderança em diversos setores tecnológicos. O que mudou foi a exclusividade desse poder.
Hoje, vivemos em um mundo onde o poder é compartilhado, onde a inovação vem de múltiplas direções e onde nenhum país pode impor sua vontade sem considerar os outros. Não é o fim do império americano - é o início de uma nova era de competição global.
Em vez de lamentar a perda da hegemonia absoluta, os Estados Unidos estão aprendendo (mesmo que relutantemente) a competir em um mundo mais equilibrado. E talvez seja exatamente isso que o mundo precisava: não um império, mas uma potência entre outras, contribuindo para um futuro mais diverso e dinâmico.
Abraços,
Paulo Gala
Autor com +10,000 cópias de livros vendidas | Geriu carteiras de +R$ 3,000,000,000 | Professor na FGV/SP há 20 anos | Economista-chefe do Banco Master.
P.S. Como uma simples jornada de 5 lições pode desvendar a crise do império norte-americano? — Descubra por que os Estados Unidos tem hoje sua influência contestada e convivem com a possibilidade real de uma transição hegemônica. CLIQUE AQUI para saber mais!